A saga de Susan Boyle, a inglesa feinha e de vozeirão encantador, me fez sair mais tarde de casa pro trabalho hoje de manhã. Após assistir mais um lance do conto de fadas moderno pela TV, me deparo com a dura realidade quase na porta de casa: um homem que havia desmaiado de fome no meio da rua. Levei-o para a minha casa, dei comida e procurei saber sua história. Descobri que estava desempregado, que perambulava em busca de “biscate” e que se chamava Jorge, coincidentemente, o santo do dia anterior. Esse Jorge, de carne e osso, que havia desmaiado por estar ha dois dias sem comer, mostrou seu lado santo, ao abrir mão do pão que lhe ofertei em favor do filho que ficara em casa. Ele me chamou de anjo e agradeceu por ter salvo a sua vida a qual, segundo ele, já havia até pensado abreviar tamanho o seu desespero. Mal sabe o “São Jorge” de carne e osso, que ele é que acabara de salvar a minha vida: da cegueira que às vezes me impede de enxergar o próximo; do apego que me faz crer que preciso sempre de algo mais; da desesperança e do egoísmo que às vezes me invadem e me impedem de perceber o quão feliz e abençoada eu sou. Salve Jorge!!
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